O belíssimo projeto é do Studio Creamcrackers, que se baseou nas indicações do Lama Jigme Lhawang. Além da referência das cores da linhagem Drukpa, o próprio conteúdo do livro foi importante.
Destaco um trecho da introdução do Lama:
André Beltrão, designer responsável pelo projeto sugeriu a seguinte capa:S. Ema. Gyalwa Dokhampa intitulou este livro de A Lua no Espelho, a partir da perspectiva da Prajna Paramita de que os fenômenos são vazios de existência independente, mas são vividamente aparentes. Sua aparência é clara e vívida, ainda que destituída de uma realidade separada daquele que a observa. Portanto, todas as coisas são descritas como aparecendo de modo ilusório. Nas escrituras da Prajna Paramita, encontramos 12 analogias tradicionais para a natureza vazia, mas vividamente aparente: (1) uma ilusão, (2) uma miragem, (3) uma cidade de gandharvas, (4) um arco-íris, (5) um reflexo no espelho, (6) uma lua refletida na água, (7) um eco, (8) um sonho, (9) uma distorção visual, (10) um truque ou uma ilusão de ótica, (11) um relâmpago, (12) uma bolha de água. A Lua no Espelho surge desses exemplos, unindo o reflexo no espelho, que ainda que apareça clara e vividamente, não tem qualquer substancialidade e existência intrínseca, e a lua refletida na água, que aparece claramente, mas também não tem qualquer realidade independente.